domingo, 8 de junho de 2008

E em 2015?

Um video interessante sobre o que pode ser o futuro da informação, uma previsão da evolução dos tradicionais meios de comunicação.
"Precisamos de rupturas fortes, com criatividade" Filipe de Botton
Slogans, como este, de incentivo à criatividade são uma constante no nosso dia a dia, mas alguma vez pensámos sobre o seu excesso? Que problemas poderão advir pelo excesso de criatividade?

Um novo estudo sobre criatividade, desenvolvido por três cientistas israelitas, afirma que nada enclausura tanto a mente, nada inibe o dom artístico mais brutalmente do que o excesso de liberdade, espaço demais para a imaginação. Eles argumentam que a verdadeira fonte da criatividade produtiva talvez esteja nos supostos entraves da arte: as regras e a estrutura.
No seu relatório, descrevem experiências nas quais analisavam famosos anúncios e onde descobriram que estes adoptavam fórmulas específicas, a que eles chamam modelos. Um dos modelos encontrado com mais frequência foi o chamado modelo de substituição. O caso da Nike, por exemplo, eles analisaram um anúncio da Nike em que um grupo de bombeiros está prestes a fazer um salvamento, estão a olhar para cima como se alguém estivesse na iminência de saltar de um prédio em chamas. No lugar da comum rede está um enorme ténis da Nike, com letreiro "lugares bem seguros para pousar". Substitui-se assim a rede salva-vidas que amortece a queda de uma pessoa e impede a sua morte.
Estes três cientistas vêm assim refutar um velho princípio da teoria da criatividade segundo o qual as ideias mais originais resultam da liberdade total, da mudança de paradigmas, do fluxo de consciência. Eles argumentam que ao trabalhar com modelos (regras e estruturas) se podem limitar as opções e concentrar o raciocínio numa direcção específica, rigorosa e perspicaz que pode originar resultados comparativamente mais “criativos”.
In "The New York Times"

Comunicar no FEMININO!

"Não basta ter uma boa marca. É preciso ter um bom argumento para vender… às mulheres!"
Como mãe, dona de casa, profissional ou simplesmente ser humano, a mulher é a grande decisora ou prescritora do que se consome.

Que nova mulher é esta?
Uma mulher do século XXI que concentra em si uma ampla variedade de papeis, alguns deles tidos como tipicamente masculinos, e que tem vindo progressivamente a ganhar um peso crescente nas decisões de consumo. Estamos perante a "Era do Feminino" onde os códigos de comunicação estão em constante mudança.

O unúncio da Galp traduz o assumir por parte da mulher de um papel tipicamente masculino para tentar realçar a leveza do produto em questão, a bilha do gás. Existe um adequar das caracteristicas do produto ás carecteristicas femininas. Mas quando me refiro à "Era do feminino", refiro-me à alteração de alguns estereótipos na área do marketing pela crescente valorização dos valores femininos.
Por exemplo: a Nivea foi pioneira na mudança do modelo escultural de beleza que imperava na industria da cosmética, esse fenómeno apesar de funcionar lindamente para o sexo oposto, não funcionava positivamente para a mulher. As marcas aproximaram-se das suas consumidoras, e exemplo disso são também os actuais anúncios da Dove onde foram escolhidas "modelos" que realçavam e valorizavam as suas diferenças. Campanha esta apelidada de "Beleza Real".

Spot publicitário
Dove
"Estas 6 mulheres reais foram seleccionadas nas ruas e escolhidas pela sua auto-confiança e entusiasmo, tendo posado com a sua própria roupa interior, sem qualquer maquilhagem ou retoque fotográfico."
A velocidade, como um novo valor em ascensão, também ganha uma nova importância. O tempo é tido como factor crítico e a sua valorização é crucial quando se tenta comunicar com esta nova mulher acumuladora de funções, cada vez mais exigente e com menos tempo.
"Romper com as fronteiras tradicionais do masculino/feninino e explorar assumidamente a vertente feminina pode permitir a algumas marcas ganhar um mercado com potencial crescente."